quinta-feira, 28 de maio de 2009

Nuvem luminosa


Nuvem luminosa


O incenso flutuava sobre o copo de papel.
Meus pensamentos vagos e oximoros,
navegavam nos olhos da paixão.
Ainda que por ilusão,
ali se apresentava explendorosamente,
sobre nuvens altíssimas,
uma virgem eu vi.
Era ela que perturbava os meus sonhos,
meu sono...
Sua veste branca sobre a espádua nua,
chamava-me sobre a voz da melancolia.
Não! Gritava aos meus olhos.
Meus passos dilacerados
caíam sobre as zeugmas de minha razão...
Era ela que me perseguia em pensamentos


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by Augusto Filho

sábado, 16 de maio de 2009

Ó pátria amada, Brasil, terra adorada


Ó pátria amada, Brasil, terra adorada

Ó pátria amada, Brasil, terra adorada
louvado seja o teu pendão augusto
de um povo santo, urge a espada
vitória as margens plácidas

E o futuro espelha a igualdade
terra santa, Brasil, terra adorada
de um povo santo, urge a espada
vitória as palmeiras e a liberdade

E em teu seio, ó virgem idolatrada
de cânticos sublimes, horas mil
um filho verá surgir no horizonte

Ao som do mar, o céu profundo
as luzes das estrelas em berço esplêndido
és tu Brasil, o sol do novo mundo.

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by Augusto Filho

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Verde e azul do infinito


Verde e azul do infinito

A colina verde azul da aquarela
Os perfumes das violetas do gramado
Minhas ovelhas e pastores de regalo
Traziam a minha amada pura e bela

E as pedras do caminho inconquistável
As gardênias amarilo sol inverno
Era Marília que descia inalcançável
Pastor que trabalhava aprisco interno

Os seus cabelos sob o vento a soprar
Os pássaros sobre árvores a marulhar
Era Afrodite que surgia ao raiar

Oh, meu campo, doce vida, meu paraíso
Nos meus sonhos te imagino e encontro
O mesmo verde e azul do infinito


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by Augusto Filho

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sobre a cruz de espinhos sangrentos


Sobre a cruz de espinhos sangrentos

Sobre a cruz de espinhos sangrentos
A coroa crescente dilacerava.
Mãos de melancolia e tormentos,
Caíram ao chão, terra santa amada


Os pés sobre os pregos aliteravam
A sanguínea paz que se encontrava.
Não era um homem despedaçado,
Mas um Rei que fora abandonado.

Sobre o madeiro mãos recebiam
O clamor do pecador desregrado:
“Perdoa esta ovelha desgarrada”.

Liberto do altar os pés andavam,
Andavam ao portal do céu abria,
Abriam ao perdão das mãos fechadas.

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by Augusto Filho

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Entre muitas alturas, não usurpes, esperto Larus


Entre muitas alturas, não usurpes, esperto Larus

Não me acorde passarinho
Com o seu canto
Meu sono é profundo
E o teu canto infame
Dorme querido
Teu sono manso
Pois a distancia do teu tensor
E teu descanso
É meu sofrimento augúrio
Dorme e retorna a tua gaiola
Retorna a alcova dos teus sonhos
Pois é apenas nela que sou teu dono
Queres a escravidão
Mas dou-te liberdade
Pássaro que canta desafinado
Mas encanta com seus brocados
Não o poeta que narra o conto
Mas as passarinhas descuidadas
Sem donos...
Retorna ser incircunciso
De paixões e prazeres
Sede feliz em tua fonte
Em teu ventre
Retorna pássaro de pescoço alongado
Que a fama te fez logrado
E em segredo te chama de entortado
Retorna a gaiola
E acalma teu canto
Esvazia tua garganta
Na solidão do teu apresso.


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by Augusto Filho
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Info - Esse poema foi feito mediante desafio de um amigo. Senhor you know who, desafio cumprido. kkkk
Tem que ser muito PUTO para cumprir com esse desafio.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

My Voice

Can you hear?
Just like butterflies kissing the air
Fingers that touch the invisable
Eyes in the promise land of lovers
Why Am I so weak to give my heart away?
Always...
Like whores in old Paris
Forgiving and forgeting the pain
I wish I could cease to be
To travel to the unknow room of feelings
Empty...
Fearless...
Alone...

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by Augusto Filho

terça-feira, 5 de maio de 2009

O JORRAR DO GRITO



O JORRAR DO GRITO

Incógnita cavidade de microbiota
Ambiente fértil da flora de desejos
Aberta em bons lábios, grita gasneiro
A vinda de meu falo alto e ambicioso
O teu equilíbrio é o meu rudimentar
Feio, desequilibrado e asneiro
Sempre presente teu glicogênio
Ecoa o meu sêmen milionário
Oh cavidade que me abriga e acolhe
Me enquadra, fortalece e condiciona
A pedir por mais de tua poesia
E descrever em detalhes o teu soneto
Me olha e me chama
Teus bons lábios são pequenos
Tuas palavras são grandes
Me aprisiona e me faz teu escravo
Me cospe e me usa
Me implora e me comanda...
És meu guia cego
Meu destino certo
Meu anseio incerto
De gritar e explodir em pedaços
O grito pujante e animal
Do suco divino e real
De um amor tão curto e distante

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by Augusto Filho

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Voltas



Voltas

Meus sentimentos se calam
não se pronunciam ou falam
silenciaram em si
o que se foi e não esta aqui
Queria falar, gritar,
mas só consigo silenciar
em mim, bem fundo,
algo mais profundo.
Queria voltar,
retornar,
ao que de mim se fez esquecer.
Queria dizer o amor,
sentir o calor,
de sentir mais uma vez
o que em mim se fez...
o fel da paixão,
o consolo da solidão...
Meus sentimentos se calam
esquecem...
Em mim sobram poucos riachos
Volvendo descalços
o caminho sofrido
por mim escolhido
para cantar o amor.
Amor que perdura,
amargura...
usurpa tudo em mim.
Queria falar, gritar,
mas a voz não grita.
Queria voltar,
mas o caminho não volta
O tempo esquece
O coração sente
A mente perturba,
o perdão fomenta.
A vida mais dura
O coração inerte
A mente mais pura
O perdão em si.

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by Augusto Filho